MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE NA GRADAÇÃO DO RISCO ERGONÔMICO PELA MATRIZ DE RISCO OCUPACIONAL
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Ergonomista, você sabe (de fato) avaliar o risco ergonômico utilizando a ferramenta de Matriz de Risco?

Esse artigo tem o objetivo de colocar uma "pulga atrás da sua orelha" em relação à avaliação do Risco Ergonômico, em especial pela utilização das MEDIDAS DE CONTROLES E DE PREVENÇÃO de riscos ergonômicos, os quais devem te ajudar a graduar a probabilidade no processo de avaliação do Risco Ergonômico.

Ficou surpreso com o tema?

Você não costuma levar em consideração a implementação de medidas ergonômicas na gradação da probabilidade?

Então leia atentamente esse artigo, pois ele foi feito para você!

De fato, é um tema bem técnico… Mas o profissional da Ergonomia é, dentre outras coisas, um profissional que atua respeitando as indicações técnicas, inclusive visto como “referência técnica”.

O assunto “Avaliação de Risco Ocupacional” não nasceu com a nova versão da NR 01. Isso já é tema frequente há muitos anos, inclusive presente em normas ISOs antigas, como a ISO 45001, 13000 e 13001…

Além das ISOs, a OHSAS 18001 (bem como seu anexo D, a BS 8800), já tratam do assunto desde 2007!

Além disso, há muito tempo esse processo de identificação de perigo e avaliação de risco está presente em várias empresas do Brasil, em especial naquelas que já possuem um sistema de gestão em SST. Essas organizações, alvos frequentes de fiscalizações do ministério do Trabalho e de auditorias internas e externas, seja pelo processo de certificação ou não, já possuíam, dentro desse sistema de gestão, o processo de avaliação de risco ocupacional seguindo as ISOs que foram citadas acima.

Essas normas técnicas já traziam diretrizes para as Organizações avaliarem os Riscos ocupacionais e, obviamente, dentre esses, os riscos ergonômicos.

“A organização deve estabelecer, implementar e manter um processo para identificação de perigo que seja proativo e contínuo.” (ISO 45001/2018)

“O processo de avaliação de riscos é o processo global de identificação de riscos, análise de riscos e avaliação de riscos. Convém que o processo de avaliação de riscos seja conduzido de forma sistemática, iterativa e colaborativa, com base no conhecimento e nos pontos de vista das partes interessadas. Convém que use a melhor informação disponível, complementada por investigação adicional, como necessário.” (ISO 31000/2018)

Infelizmente esse conhecimento e essa metodologia nunca foram muito divulgados nos cursos de graduação, pós-graduação e extensão relacionados à Ergonomia, o que fez com que muitos Ergonomistas só ouvissem falar desse processo de gradação de risco com o início do eSocial ou agora, com a entrada do PGR na nova NR 01.

“1.5.3.2 A organização deve:
a) evitar os riscos ocupacionais que possam ser originados no trabalho;
b) identificar os perigos e possíveis lesões ou agravos à saúde;
c) avaliar os riscos ocupacionais indicando o nível de risco;
d) classificar os riscos ocupacionais para determinar a necessidade de adoção de medidas de prevenção;
(...)” (NR 01/2021)

“1.5.4.4.1 A organização deve avaliar os riscos ocupacionais relativos aos perigos identificados em seu(s) estabelecimento(s), de forma a manter informações para adoção de medidas de prevenção.” (NR 01/2021)

“1.5.4.4.2 Para cada risco deve ser indicado o nível de risco ocupacional, determinado pela combinação da severidade das possíveis lesões ou agravos à saúde com a probabilidade ou chance de sua ocorrência.” (NR 01/2021)

Esse item, como falamos anteriormente, já era citado pelas normas ISOs e OHSAS.

“O risco é frequentemente expresso em termos de uma combinação das consequências de um evento (incluindo mudanças nas circunstâncias) e da “probabilidade”associada" (...) (ISO 45001/2018)

“O risco decorrente de um perigo deve ser determinado estimando-se a gravidade potencial do dano e a probabilidade de que o dano ocorra” (BS 8800)

Como a NR1 fala: para se definir o risco ocupacional (inclusive o ergonômico) você DEVE graduar a severidade e a probabilidade!

Sabe o que significa "deve"?

Se não sabe, aí vão alguns sinônimos: tem que fazer; precisa fazer, senão perde o emprego; necessita fazer, como respirar; carece como beber água; é obrigatório, senão vai dar ruim...

Então não venha com essa de definir o risco aplicando APENAS uma ferramenta Ergonômica!

Se você não entendeu, pense em matricular-se no nosso CURSO DE MATRIZ DE RISCO ERGONÔMICO. Clique AQUI e procure mais informações sobre o curso.

Dentro dessa metodologia indicada pelas ISOs, para definir a severidade, a NR 01 explicitou melhor os conceitos que estavam nessas normas técnicas e adicionou o “número de trabalhadores expostos” à magnitude da consequência, de forma que ambos juntos definem a severidade.

Já para graduar a probabilidade dentro dos riscos ergonômicos, além de identificar quais os “requisitos das normas a organização cumpre” e a “exigência da atividade de trabalho”, o Ergonomista deve identificar quais são as medidas de prevenção e controle já implantadas pela empresa.

De uma forma básica, quanto mais medidas de prevenção e controle implantadas de forma eficaz, MENOR a probabilidade e MENOR o risco ergonômico.

Agora responda: como avaliar essas ações de melhoria quando eu for realizar uma AEP ou uma AET?

Pra te ajudar nisso, fizemos uma Lista com as principais medidas de controle e prevenção para facilitar o entendimento das empresas e para que elas marquem quais melhorias ergonômicas elas, de fato, colocaram em prática. Para baixá-la, clique na imagem abaixo!

Nossa intenção é que você pergunte isso à organização (por exemplo enviando essa lista num formulário dentro do sistema ifacilita - SAIBA COMO) para que ela mesma te informe quais as medidas de prevenção e controle ergonômicas foram implantadas e se essas são eficazes ou não.

Depois disso, quando você for fazer sua avaliação (AEP ou AET), utilize esse formulário como roteiro para avaliar a eficácia desses controles (citados por ela) e calcular a probabilidade e, consequentemente, o risco ergonômico.

ATENÇÃO ERGONOMISTA: ESSA PLANILHA É VIVA E É ATUALIZADA FREQUENTEMENTE, ENTÃO SUGERIMOS BAIXÁ-LA BIMESTRALMENTE!

Para completar esse tema, assista nossa vídeo aula sobre RECOMENDAÇÕES ERGONÔMICAS UMA DAS PRINCIPAIS MUDANÇAS DA NOVA NR17, CLICANDO AQUI.

Nós desenvolvemos um SUPER CURSO SOBRE AVALIAÇÃO ERGONÔMICA que te ajuda a entender melhor a MATRIZ DE RISCO como usar essa ferramenta para graduar o risco ergonômico, desvendar os mistérios entender como criar as classes e categorias de probabilidade e severidade, encaixando as ferramentas ergonômicas em todo esse processo.

Veja a opinião de algumas pessoas que fizeram esse curso:

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